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Parque Lage e Lagoa Rodrigo de Freitas | Rio de Janeiro

Se você abriu meus posts de Rio de Janeiro em 48 horas pensando em um roteiro express que abranja todos os pontos turísticos do Rio, desista. Quando eu comecei a montar um roteiro para o nosso limitadíssimo tempo na cidade, percebi que há muita coisa para ver e fazer na capital fluminense.
E nas minhas contas, seria preciso no mínimo duas semanas para fazer o circuito turístico e ainda escapar para conhecer o lado b do Rio.

Sendo assim, minha dica é: agrupe os lugares de interesse em áreas próximas, assim você consegue aproveitar o máximo dessa cidade — que merece ser vivida com calma.

Acordamos com os noticiários focados na greve dos PMs, e com vários batalhões bloqueados na região metropolitana e outras partes do estado, saímos para o café da manhã. Eu tendo a preferir hotéis pequenos e que não são parte de grandes redes, mas preciso admitir que poucos cafés da manhã superam os que eu já tomei nesses hotéis.

E o do Mirasol é sensacional. Eu facilmente perderia as contas de quantos tipos de pães — incluindo doces e recheados — eles servem. Junto de tantas outras opções que você fica tonto só de olhar para as possibilidades. O salão pode ficar um pouco pequeno dependendo da lotação do hotel, mas não é impossível achar uma mesa, só um pouquinho trabalhoso.

Andar de transporte público no Rio de Janeiro

Depois disso, saímos em direção ao metrô, que fica a menos de cinco minutos do hotel, num dia tão ensolarado e bonito — incluindo a atmosfera do Rio — que bateu uma certa dor em passear pelo subterrâneo. Mas o metrô é uma boa opção para o turismo básico na cidade, então compre o seu RioCard e gaste pouco com transporte.

Mas muito cuidado: no Rio temos o metrô, os ônibus, o BRT, o VLT e o chamado Metrô na Superfície, ou seja, ônibus que complementam a linha metroviária da cidade. E nessa confusão de meios de transporte, ainda temos três tipos de pagamento. Dinheiro, que não é recomendado, porque não te dá descontos nem te deixa embarcar no VLT. O RioCard, aceito em tudo o que eu citei. E o tal do Metrô Rio Card, um cartão que só serve para andar de metrô e não é aceito nos ônibus comuns, apenas no Metrô na Superfície.

Não são todas as estações de metrô que vendem o RioCard, então, de preferência, tente comprá-lo na estação já no Aeroporto, ou você pode cair em uma estação que só vende o Metrô Rio Card e se ferrar depois – aconteceu com a gente.

Embarcamos na Cardeal Arcoverde, da linha 1, e seguimos por uma estação tão grande e comprida e subterrânea que me lembrou a Linha Amarela aqui de São Paulo. Principalmente a baldeação entre as estações Paulista e Consolação. Legado da Copa e das Olimpíadas, o metrô é super novo, as estações são bem limpas e tranquilas fora do horário de pico. Além disso, tem vagão feminino no metrô do Rio, e por mais que eu não seja uma das maiores entusiastas da iniciativa, muitas mulheres se sentem mais seguras neles.

Botafogo

Enfim, desembarcamos na estação Botafogo. E de lá teríamos que pegar um ônibus para chegar ao Parque Lage, nosso primeiro passeio do dia. Para quem vai ao Jardim Botânico, o caminho é o mesmo. Em Botafogo, um bairro super delícia pelo pouco que eu pude ver, você pode pegar o Metrô na Superfície ou os ônibus comuns, que costumam ter ar condicionado, e seguem pela São Clemente até a Rua Jardim Botânico, passando por toda a Rua Humaitá.

O trajeto não demora mais do que vinte minutos e tem um visual muito gostoso, que pra mim, é o Rio de Janeiro dos filmes e novelas que ousam sair da praia. Os prédios, o andar calmo, as árvores que se multiplicam conforme os quilômetros passam, o amarelo que está além dos táxis.

O tipo de lugar que você passa e pensa: uau, eu queria morar aqui. Eu não queria romantizar o Rio, e eu realmente acredito que não devemos fazê-lo com nenhuma cidade e lugar que visitamos, e talvez uns dias a mais na capital carioca me fariam mudar de ideia. Mas como essa é a imagem que eu experimentei, tranquila, sem violência ou passagens negativas, não posso mentir e fazer ressalvas o tempo todo.

Parque Lage

O ponto de ônibus te deixa na porta do Parque Lage, e se você ainda não conhece a história do lugar, uma placa vai te explicar logo nos primeiros metros de parque.

Encontramos muitas pessoas queridas no Rio. No Parque Lage, por exemplo, o José, faxineiro, ficou quase meia hora conversando com a gente. Nos contou a história do lugar, detalhe por detalhe, indicou onde tudo ficava lá dentro, deu dicas para comer no bairro e ainda comentou a situação política do estado e da cidade. E para quem cresceu ouvindo que cariocas não gostam de paulistas, eu preciso dizer que fui muito bem recepcionada – não que eu esperasse o contrário.

Começamos pela parque direita do parque. Passamos pelo mini-aquário, que tem algumas espécies bem interessantes – mas eu preciso dizer que não sou a maior fã de aquários e zoológicos e costumo passar bem longe deles. Só entrei nesse por conta da arquitetura, interessante para dizer o mínimo, que imita formações rochosas.

Depois passamos pelas grutas, que brigam lado a lado com a casa principal pelo posto de principal atração do parque. Apesar de úmidas, escorregadias, cheias de insetos e com algumas placas indicando perigo, vale a pena se certificar de que o lugar por onde você está indo é seguro e conferir o que as grutas têm a oferecer.

Demos a volta pela casa e caímos na Oca. Construída por por índios do povo huni kuin, do Acre, alguns indígenas ficam por ali vendendo artesanato e bijuterias típicas por eles confeccionadas.

Por fim, entramos na tão famosa e instagramada casa. Na realidade, você só vai conhecer o jardim interno dela, já que nos aposentos da residência hoje funciona a Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Porém, a arquitetura e a piscina são tão oasísticos que você pode até se esquecer do resto.

Lagoa Rodrigo de Freitas

Dispensamos o Jardim Botânico porque era preciso pagar para entrar. Então decidimos andar até a Lagoa Rodrigo de Freitas, que fica bem próxima da região dos dois parques.

Panificação Lagoa

Estávamos com fome. Então abrimos o Google Maps e procuramos pelos restaurantes da área. Foi assim que encontramos a Panificação Lagoa, no melhor estilo padaria-mercado-restaurante (como a Panificadora Cajara, em Ilha Comprida).

Ela está longe de ser turística. Na realidade, estava lotada de pessoas em horário de almoço. E a experiência passa longe de qualquer coisa que envolva turistas. O que eu amo.

Pedimos pratos a la carte e saímos extremamente satisfeitas com o atendimento, o almoço em si e o lugar. Ótimo para fugir de opções óbvias e sem graça. Recomendo muito para quem estiver na região do Parque Lage, Jardim Botânico e Lagoa Rodrigo de Freitas.

Praia de Copacabana e Biscoito Globo

Depois do almoço nosso foco era voltar para Copacabana. Com preguiça de pegar o metrô, pegamos um ônibus na frente do Parque Lage e fizemos um verdadeiro tour pela zona sul do Rio. Afinal, o ônibus passa por Ipanema e pelo Leblon antes de chegar em Copacabana, o que configura o melhor custo-benefício possível para quem tem pouco tempo na cidade, quer ver o lugar e gastar o mínimo possível.

Descemos em um ponto ao lado do nosso hotel e decidimos ser clichê. Colocamos nosso biquínis e fomos para a areia, onde compramos biscoito Globo sem medo de sermos turistonas demais. Era verão. Fim de tarde. Praia (no Rio de Janeiro). Férias. Eu poderia morar ali sem reclamar nenhuma vez.

Temperarte Palace

Já tinha escurecido quando voltamos para o hotel, tomamos um banho e decidimos jantar no Temperarte Palace, um restaurante self service que fica na esquina do Mirasol Copacabana e parecia ter preços atrativos. Realmente, eles são.

Com um buffet com várias opções e preços muito bons para a região, comemos bem sem precisar procurar muito ou se decepcionar com as escolhas.

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