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Como é viajar entre São Paulo e Frankfurt com a LATAM

Até dia três de julho, já tinha viajado com a Avianca, a Gol e duas vezes com a Azul. Curiosa que sou, sempre quis zerar as companhias aéreas brasileiras ou que realizam voos domésticos no Brasil.

Faltava a LATAM e a Passaredo. Tenho planos antigos para voar com a última. Mas a curiosidade para com a primeira era maior. Em janeiro de 2017 quase viajei com eles. Usei os pontos do Multiplus para resgatar três passagens de ida e volta para Montevidéu. Mas como já contei, essa viagem não aconteceu.

Em junho desse ano eu pesquisava passagens para a Europa quando minha mãe ofereceu me vender suas milhas. Como são da Multiplus, o voo seria com a LATAM. Fiquei duplamente animada. Primeiro para economizar. E segundo para viajar com a companhia.

Por aproximadamente 70 mil milhas resgatei uma passagem para Madrid, com conexão em Frankfurt, e comprei a passagem de volta para o dia 17 com a Azul, para o trecho Paris > Viracopos com a mais nova parceira da companhia, a Aigle Azur.

Resgate de passagem com a LATAM

Tudo começou no site da Multiplus e foi muito tranquilo. Como já havia resgatado milhas antes, segui os passos e escolhi as datas da viagem baseada na menor tarifa possível. Ou seja, para um voo com conexão em Frankfurt às 22h10 do dia três de julho.

Havia um voo direto para o mesmo dia. E por mais que eu tivesse milhas para resgatá-lo, a diferença era de mais de 30 mil, e não achei que valia a pena.

Fiquei com a conexão de quatro horas em Frankfurt. Tempo o suficiente para passar tranquilamente pelos procedimentos de segurança na Alemanha. E também a quantidade perfeita de horas para não morrer de tédio no aeroporto.

Check-in online e procedimentos de segurança

O terceiro motivo para a minha empolgação era o embarque pelo Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos. Em 2014, quase viajamos para a Argentina por ele, recém inaugurado. Mas optamos por voar com a Qatar e ela ainda estava no Terminal 2.

Em janeiro de 2017, na viagem que não aconteceu, também viajaríamos pelo Terminal 3. Mas os planos mudaram e embarcamos pelo Terminal 1 — antigo Terminal 4.

Queria a experiência de fazer o check-in no balcão, mas para evitar desgastes e filas, pensando que a LATAM opera muitos voos, optei pelo check-in online.

O fiz pelo aplicativo da LATAM, que é extremamente prático e altamente recomendado. Todo o processo foi simples. Eu recebi os cartões de embarque por e-mail. Imprimi. Levei ao aeroporto.

 

Primeira viagem com o passaporte renovado (aliás, aproveito para dizer que prefiro o design anterior)

Chegando lá, fui direto para o portão de embarque porque viajei apenas com uma mala de mão. Todo o processo foi automatizado. Para entrar na área de embarque, passei o cartão em um leitor digital.

Para passar pela imigração, só foi necessário escanear o passaporte. Simples e prático. Mas eu ainda prefiro o contato humano. Nada como um “boa noite, senhora, tudo bem? Tenha uma boa viagem”. Ainda mais quando se está sozinha no aeroporto.

Embarque

Cheguei cedo no aeroporto e tinha muitas horas disponíveis até a hora do embarque. Aproveitei para conhecer o terminal, que é lindíssimo, e pesquisar preços de comidas.

Tudo muito absurdo, como já era esperado. Comi na Casa do Pão de Queijo, onde aparentemente o meu dinheiro valia um pouco mais do que grama.

 

Um suco de maracujá e mini pães de queijo: R$ 25

Fiz vários vídeos. Me irritei com o WiFi que não funcionava direito. Coloquei meu celular para carregar em cinquenta tomadas diferentes. Observei os grupos de intercâmbio de férias andando para lá e para cá. Me lembrei do meu intercâmbio. Ouvi dezenas de pessoas serem anunciadas no sistema de som. Fui ao banheiro. Me cansei. Resolvi esperar no portão de embarque.

Faltava aproximadamente meia hora para o horário marcado no cartão, então fiquei bem próxima ao setor de filas.

Não costumo fazer isso. Na verdade sou sempre uma das últimas a entrar na fila. Mas dessa vez estava só com uma mala de mão. Queria garantir que haveria espaço para ela no voo.

Então entrei na fila logo que o embarque foi anunciado. E tudo correu muito bem. Dois funcionários da LATAM realizavam o processo. Um para as filas preferencial e de passageiros com prioridade. Outro para o resto.

Destaco aqui que minha mala não foi pesada em momento algum, e ela estava no limite do peso permitido. Meus dados foram checados e pude enfim entrar na aeronave.

Aeronave Boeing 777-300

O embarque foi tranquilo e, no Boeing 777-300 de configuração 3-4-3 para a econômica, logo encontrei meu assento 40K, na janela e escolhido na hora do resgate da passagem. A fileira estava vazia e, pensando que boa parte dos assentos já estavam preenchidos, comecei a ter esperanças. De que talvez ninguém se sentasse do meu lado.

Coloquei meu celular para carregar. Abri o kit de amenidades (cobertor, travesseiro e fone de ouvido). Fiz uns vídeos. E então uma senhora espanhola e fofíssima se sentou no assento do corredor. O que me encheu de mais esperanças ainda.

Meia hora se passou, as portas estavam enfim em automático e ninguém se sentou ao meu lado. Foi um sonho realizado. Eu não acreditava que, em um voo para a Europa no começo das férias, eu conseguiria esse milagre. Mas consegui com a LATAM. E foi maravilhoso.

 

Assento na sessão intermediária do avião e perto da galley: estratégico para receber a comida com rapidez

Até esse momento tudo estava correndo muito bem. Por mais que as poltronas não fossem as mais confortáveis que eu conheci, o espaço para as pernas era OK e não havia ninguém do meu lado. A tripulação era muito simpática. Tudo estava correndo no tempo esperado.

Decolagem e jantar

E assim continuou. O avião decolou dentro do horário e, assim que a aeronave se estabilizou, os comissários começaram a entregar o menu para o jantar.

 

Foi a primeira vez que pude escolher minha comida de maneira detalhada, e isso me deixou extremamente feliz. Sou muito chata e detalhista com comidas, e depois do incidente com a comida da Alitalia em 2013, fiquei muito atenta com refeições aéreas.

 

Havia três opções para o jantar, sendo uma delas vegetariana: tortellini de quatro queijos, picadinho e prato frio de frango com salada.

Como boa curiosa que sou, já estava prestando atenção nos comissários que entregavam os pratos para os passageiros a minha frente. E assim descobri que a primeira opção não estava disponível. Era a minha escolha, então fiquei um pouco irritada. Mas nada demais. Até porque logo fiquei sabendo que a opção em seu lugar era um gnocchi de mandioquinha.

 

O prato tinha um bom tamanho e foi servido junto de um alfajor (<3) e um copo de suco de laranja que eu escolhi. A comida estava boa, mas nada espetacular. Melhor do que o padrão de alimentos de avião. Muito abaixo de um bom prato italiano. No mais, senti falta das outras opções que costumam ser servidas junto do prato principal. Mas fiquei feliz com os talheres de verdade.

Entretenimento de bordo

Aproveitei o jantar para testar o sistema de entretenimento de bordo. A tela é touch e não estava com a sensibilidade muito bem calibrada. Mas as opções são ótimas. Vários filmes relativamente novos estão disponíveis. Assim como várias séries com temporadas completas.

O ponto negativo é a ausência de legendas em português, que pra mim não foi um problema, mas é um erro em um voo que parte do Brasil e é de uma companhia brasileira.

 

Escolhi assistir Big Little Lies, série da HBO que há meses estava louca para ver. Mas logo dormi, já que o voo era noturno e eu não queria me ferrar com o fuso horário depois.

Café da manhã

Meu sono foi interrompido por diversas turbulências, as mais fortes e insistentes que já peguei, e também pelo desconforto do assento. Mesmo sem ninguém do meu lado, não conseguia achar uma boa posição para dormir. Mas consegui. E acordei cerca de cinco horas depois.

Assisti mais dois episódios da série antes e durante o café da manhã, cujas opções estavam no cardápio distribuído no começo do voo. Sanduíche ou waffle com fruta ou iogurte.

Optei pelo sanduíche e pelo iogurte, mais uma vez com o suco de laranja.

 

Dessa vez tudo estava muito bom mesmo, nada a reclamar pensando nas circunstâncias.

Pouso e desembarque no Aeroporto de Frankfurt

 

Depois do café, restavam cerca de duas horas e meia para o pouso, que aconteceu de maneira tranquila. O desembarque foi OK, pensando que nunca é possível ser tranquilo e civilizado, e a desorganização só começou já no aeroporto.

A imigração designada para os passageiros do nosso voo contava com dois oficiais, o que resultou em uma fila gigantesca e funcionários do aeroporto entrando em pânico com a quantidade de perguntas dos brasileiros.

No fim, eles decidiram realocar todo mundo para outra região de imigração, com mais guichês. O que foi antecedido por uma interminável caminhada pelo enorme aeroporto.

Compensada por apenas duas pessoas na minha frente na fila. E tudo correu bem. O oficial me perguntou para onde ia, eu contei os detalhes da minha viagem e ele carimbou meu passaporte. Depois de me desejar boa sorte e muito cuidado por estar viajando sozinha.

Procedimentos de segurança

Diferente da minha experiência no Aeroporto de Roma (onde passei pelo raio-x, entrei na área preliminar de embarque e depois passei pela imigração), na Alemanha a imigração aconteceu antes. A partir dali, eu poderia tranquilamente sair do aeroporto para conhecer Frankfurt. O que não fiz porque não tinha tempo. Então segui para o raio-x.

Que dessa vez foi muito mais detalhado e me deu dores de cabeça. Eu precisava retirar minha bolsa de líquidos da mala. Mas a mala não abria. De jeito nenhum. Então o oficial falou para eu passar a mala daquele jeito mesmo pela máquina.

Enquanto isso, eu tive minha primeira experiência passando por aqueles raios-x que giram. Eles são engraçados. E ter que ficar com os braços para cima, também.

Depois de ser liberada, veio o problema. Eu precisava conseguir abrir minha mala. Mas isso não acontecia de jeito nenhum. Então a polícia foi chamada.

A gente sabe que não está com nada de errado na bagagem, mas não dá para ficar tranquila. Havia 10 policiais falando alemão e tentando abrir a minha mala. Eu entrei em pânico. E foram longos cinco minutos até a mala ser aberta.

Não havia nada de errado, como eu já sabia, e eu fui liberada. Passando mal.

Segunda imigração

Depois disso, tive que passar por uma segunda imigração. Se a primeira era a de entrada na Alemanha, esta era a de saída, para entrar na área de embarque. O oficial me perguntou para onde eu ia e qual meu portão de embarque. Carimbou meu passaporte e me liberou.

Foi assim que eu conheci o gigante aeroporto de Frankfurt, moderno e nos padrões internacionais, mas com mais procedimentos de segurança do que minha experiência sabia.

Meu próximo destino ali dentro era a cabine de banho. Já que não seria possível sair do aeroporto, decidi pelo banho por dois motivos. O primeiro era o voo de 12 horas na econômica. E o segundo era mais específico. Eu chegaria no meu hostel em Madrid depois da meia noite. E como meu quarto era compartilhado e o chuveiro ficava dentro do quarto, não queria incomodar as outras hóspedes.

Com medo de ficar sem tomar banho até a manhã do dia seguinte, optei pelos serviços do Aeroporto de Frankfurt. E isso é assunto para um próximo post.

Links Úteis

Site da LATAM

Site da Multiplus

SeatGuru do Boeing 777-300

Aeroporto de Guarulhos

Aeroporto de Frankfurt