Os Bairros Vila Jaguaribe e Capivari | Campos do Jordão
A viagem começou com uma certa dose de paciência. Afinal, não dá pra esperar rodovias livres em pleno feriado, em julho, rumo ao destino mais óbvio da temporada. Mas tirando as curvas que, confesso, dão um pouco de medo, a viagem para Campos do Jordão foi bem tranquila.
Chegamos em Campos do Jordão pouco antes das 14h, horário do check-in do hotel, e paramos na Vila Jaguaribe, bairro anterior ao do nosso hotel, para conhecer um pouco.
Campos é uma cidade bonitinha. O circuito turístico é cortado por uma linha de trem, as árvores ficam assim no inverno – o que combina bem com a atmosfera e a arquitetura do lugar. Existe um quê de perfeição, ou busca dela, em praticamente todos os lugares.
Hoje em dia, isso tudo me incomoda um pouco – alô, louca do urbanismo e turismo consciente – mas não dá pra negar que é bonito. Talvez porque tudo ali foge dos padrões de cidades brasileiras, num geral, e te transporta para uma fantasia europeia, que tanto permeia a mente das pessoas desse país.
Porém, na época, eu achava um amorzinho. Provavelmente porque eu estava ficando tão louca em ano de cursinho, que as duas semanas de férias causaram este efeito. Vai saber. Enfim. Campos do Jordão é bonita. Mas pode ser um pouco brega também. Tudo depende do que você pretende fazer ali.
Onde comer?
Depois já era hora de fazer check-in no hotel e, finalmente, almoçar. Escolhemos o Restaurante Marina, que fica bem na frente da rua do Garnier e estava bem colocado na lista de “bons e baratos” do TripAdvisor.
Realmente, não nos decepcionamos, a comida é boa, barata para os padrões da cidade e o ambiente faz você se sentir em casa. Em 2015, eu o recomendaria fortemente. Hoje, não tenho como saber se os padrões foram mantidos, mas acho que vale a pena arriscar para ver.
Mais tarde fomos ao Capivari, o centro de Campos do Jordão, onde tudo acontece à noite. O lugar é bem bonito e tem uma atmosfera bem gostosinha de vida noturna misturada com atividades culturais e famílias para todo o lado. É uma bolha, realmente, mas às vezes ela estoura. Alguns moradores de rua estão por ali, junto de seus cachorros, enquanto desfilamos com casacos da Burberry e bolsas Balenciaga.
E isso começou a me incomodar. Provavelmente, me incomoda mais hoje do que na época em si.
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