5 Coisas imperdíveis para fazer em uma segunda viagem para Paris
Eu conheço pessoas que amam Paris e pessoas que a detestam. Eu estou no primeiro grupo. Como você já deve ter cansado de ler por aqui, morei lá em 2013, fiquei perdidamente apaixonada e voltei em 2018. Aliás, pretendo voltar todas as vezes que pisar em solo europeu.
Se você também deixou parte do seu coração na capital francesa e está planejando revisitá-lo(a), eu tenho algumas dicas de coisas para fazer nessa segunda (ou terceira, quarta, quinta) viagem.
1. Revisite seus lugares favoritos
Terraço da Galeries Laffayete
Se você decidiu fazer uma segunda viagem para Paris, imagino que goste da cidade. Então, por que não ir aos lugares que fizeram você se apaixonar pela capital francesa? Seja algum ponto turístico congestionado, como a Notre Dame ou o Trocadéro, ou um café perdido em um arrondissement longe das hordas de turistas, revisite-os!
É uma delícia lembrar do que você já viveu por ali, criar novas memórias e até mesmo recriar as fotos antigas. Afinal, viajar não precisa ser uma corrida para bater ponto em lugares turísticos.
Eu, pelo menos, não me importo de deixar de visitar um museu novo para me perder pelas ruas do Le Marais, que eu já conheço e amo. Viajar com calma é muito mais legal, acreditem.
2. Conheça pontos que você não conseguiu visitar na primeira viagem
Mas, a viagem não precisa, nem deve, ser apenas um grande remember da viagem antiga. Paris tem muito a oferecer, e eu garanto que você ainda não conhece tudo o que gostaria.
Chegou a hora de abrir o roteiro da primeira viagem e descobrir o que você não conseguiu fazer, seja por falta de tempo, problemas logísticos ou apenas a decisão de voltar para o hotel e dormir algumas horas a mais.
Eu falhei, em partes, nessa missão. Queria muito conhecer a Sainte-Chapelle da primeira vez. Não consegui. Coloquei a capela no roteiro da segunda viagem. Também não consegui visitá-la. Acontece, né?
Por outro lado, consegui ir à Place Vendôme e conhecer os seus arredores, além de efetivamente conseguir entrar na Shakespeare & Co, ir ao Trocadéro e passar um bom tempo no gramado do Champ de Mars.
3. Escolha um bairro fora do roteiro turístico para conhecer
Seja algum arrondissement mais afastado ou alguma cidade fofa na região metropolitana da cidade, escolha algum lugar lado b para conhecer. Muito do que eu amo em Paris mora nos bairros mais residenciais, um tanto quanto afastados dos pontos mais turísticos e, consequentemente, sem muita influência do impacto dos turistas.
Nesses lugares a gente consegue ver o dia-a-dia do parisiense, perceber com mais detalhes a diversidade da sua população, os problemas da cidade e seus pontos fortes. Foi por essa Paris que eu me apaixonei em 2013.
Para quem quer uma dica, eu recomendo a região da estação Nation do metrô, no 11e arrondissement. Eu morava ali e, diariamente, convivia com os locais e suas baguetes matinais, via partes de comunidades estrangeiras que moram em vilas, ia ao mercado junto de moradores dos apartamentos em prédios históricos, acompanhava os parisienses no caminho para o trabalho.
O bairro não tem pontos turísticos. Mas aposto que você vai gostar de sua atmosfera mais tranquila, sem turistas e cheias de detalhes que você vai guardar como característicos de Paris. Como sentar nos jardins da Foundation Eugène Napoleon, onde eu morava, para comer um lanche no meio da tarde.
4. Se perca pelas ruas do Quartier Latin, do Le Marais e de Les Halles
Saint-Germain-des-Près
Por mais que as primeiras dicas tenham sido mais gerais, e válidas para praticamente qualquer destino, eu queria sugerir algo um tanto quanto turístico, mas ainda assim, ótimo de se fazer em uma segunda viagem à Paris.
Considero o Quartier Latin, Le Marais e Les Hales os três bairros centrais mais legais da cidade. E como flanar é um clássico parisiense, junte as duas ideias e passe horas andando pelas três regiões.
Eu começaria pelo Quartier Latin e por Saint-Germain-de-Près, literalmente no centro da cidade, e aproveitaria inclusive para passar por alguns pontos mais turísticos, como a Saint Sulpice, o Jardin du Luxembourg, a Notre Dame e a Fontaine Saint-Michel.
Região da Notre Dame
Depois, atravessaria o Sena rumo à margem direita, passaria pela Rue de Rivoli e adentraria o Les Hales, cheio de ruas gracinha para conhecer. De lá, continuaria andando pela Rue Rambuteau e passaria pelo Centre Pompidou até o Le Marais.
Ali, aproveitaria sua vibe gostosa por entre os casarões, comeria crepes, entraria nas lojas mais legais de roupas de Paris, que só o Le Marais tem, e acabaria a visita na Place des Voges, quem sabe com uma visita à casa do Victor Hugo.
No meio do caminho, pare para conhecer as dezenas de igrejas e museus que existem por ali.
5. Passe uma tarde em um parque “lado B”, como o o Parc de Buttes-Chaumont
Parc de Buttes-Chaumont
Paris tem muitos parques e jardins conhecidos e turísticos, como o Jardin de Luxembourg, o Jardin des Tuileries e o Champ de Mars. Mas a cidade tem muitos outros locais de área verde para serem descobertos.
Recomendo especialmente dois: o Promenade plantée, um jardim suspenso muito conhecido por quem gosta da trilogia de Richard Linklater, que fica no 11e arrondissement, pertinho da Bastilha e ótimo para combinar com a sua visita à Nation.
Além do jardim suspenso, uma gracinha que te faz esquecer dos carros lá embaixo, conheça também o Parc des Buttes-Chaumont. O parque artificial parece saído dos contos de fada, conta com um lago, uma cachoeira, uma ponte suspensa e uma vista incrível de Paris.
Ele deve ser a minha recomendação mais afastada do centro, e fica no 19e arrondissement. Ainda pouco conhecido por turistas, é um queridinho dos parisienses e fica bem perto de um museu super legal da cidade: a Cité des Sciences et de l’Industrie. Focado nas ciências, ele tem até um planetário (daqueles bem legais mesmo) lá dentro.
São visitas mais do que recomendadas.
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