Como é viajar no ônibus leito da Expresso de Prata entre São Paulo e Osvaldo Cruz
Ao longo do tempo eu percebi que tenho uma coisa com transportes. Estou longe de ser uma busóloga ou algo do gênero, mas fico levemente obcecada quando o assunto envolve trajetos. Aviões, trens, carros ou ônibus.
Depois de andar pela primeira vez em uma classe executiva, comecei a prestar mais atenção às classes de viagem em todos os meios de transporte. E quando decidi passar o Ano Novo no interior, sabendo que teria que ir de ônibus, comecei a avaliar as possibilidades.
Foi assim que eu fiquei obcecada pelos ônibus leito (ou cama). E descobri que era possível viajar no ônibus leito da Expresso de Prata até meu destino final. Afinal, viajar deitadinha na executiva dos ônibus era tudo o que eu precisava para chegar descansada, após quase nove horas de viagem, em Osvaldo Cruz. A cidade fica no extremo oeste paulista, quase na fronteira com o Mato Grosso do Sul, e eu tenho família na região.
Em dezembro de 2012 fui para lá pela primeira vez, para o casamento de um primo. Fui de carro, então, não precisei me preocupar com o transporte. Mas dessa vez, indo para o aniversário de um tio, precisei pensar nisso. E descobri algumas coisas.
A primeira é que viajar de ônibus leito pode ser bem caro. Eu paguei R$ 280 pelo ônibus leito da Expresso de Prata, ou seja, pagaria mais de R$ 500 pela viagem inteira. Mas decidi voltar em uma poltrona convencional.
A segunda é que viajar de ônibus continua altamente burocrático e chato. Na maioria das vezes, se você comprar a passagem pela internet, não pode embarcar com o papel de confirmação. Precisa trocar esse papel pela passagem, no guichê da empresa, para então conseguir embarcar.
Embarque na Rodoviária da Barra Funda
Embarcar em lugares com péssima estrutura turística, diga-se de passagem. Dessa vez viajei pela Barra Funda na noite do dia 28 de dezembro, nas vésperas do feriado. Obviamente esperava que a rodoviária estaria lotada e um verdadeiro caos. O que de fato aconteceu. Mas acho importante frisar como não há estrutura para acomodar todos os passageiros.
Nem metade das pessoas conseguia um banco para sentar. Não havia informação sobre atrasos e mudanças de plataformas. O trânsito para sair do terminal era caótico. Apenas para citar alguns dos problemas.
No mais, saímos de São Paulo com um pouco de atraso, mas eu sinceramente não me importei muito. Fiquei imediatamente feliz quando entreguei minha passagem ao motorista e entrei no ônibus. Eu viajaria em uma cama.
Ônibus leito da Expresso de Prata
Existem ônibus leito que deixam qualquer executiva no chão, isso é verdade. Mas não é o caso da Expresso de Prata. No trecho que realizei, entre São Paulo e Osvaldo Cruz, o ônibus contava com uma configuração 1-2 e poltronas que não reclinavam 180º.
Porém, os assentos eram extremamente confortáveis. Com travesseiro e um cobertor de verdade. Foi ótimo passar a noite com as pernas esticadinhas e cobertas, além de estar em um ônibus que, no geral, era mega confortável e pouco balançava.
Não usei os banheiros então não posso falar sobre este item. Porém, não tenho do que reclamar do serviço da Expresso de Prata. Seria legal ter uma poltrona que reclinasse mais, e talvez uma tomada no assento? Claro! Mas isso, sinceramente, não fez falta.
Consegui dormir e chegar bem descansada no meu destino, onde tinha um longo dia pela frente.
Apenas em termos de updates: fiquei hospedada no Angatu Hotel, onde também fiquei em 2012. Não farei resenha desta hospedagem porque pouca coisa mudou, então, fiquem com o primeiro post sobre o hotel.