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Como é viajar de São Paulo a Montevidéu com a LATAM

Sou viciada em pesquisar preços de passagens aéreas. Para vários lugares do mundo. Por pura curiosidade e vontade de passar o meu tempo. Normalmente as pesquisas acabam por elas mesmas. Mas, às vezes, algumas viagens surgem dessas situações. Foi o que aconteceu em outubro do ano passado, quando eu vi uma passagem de São Paulo a Montevidéu com a LATAM, no feriado de 25 de janeiro, e decidi comprá-la.

Paguei cerca de R$ 1.200 na ida e na volta, marcadas para as noites dos dias 24 e 27 de janeiro, que ainda estavam um pouco distantes naquele momento. Três meses depois, peguei minha malinha de mão e comecei minha jornada até o Aeroporto de Guarulhos. De transporte público.

Ônibus, metrô e trem para chegar ao Aeroporto de Guarulhos

Preciso dizer que essa foi uma experiência traumática. Não por conta do transporte público de São Paulo em si (se eu sou cria de alguma coisa, essa coisa é o transporte coletivo dessa cidade). Mas por causa de uma situação bem chata, e criminosa, pela qual eu tive que passar.

No ônibus tudo correu bem. Acomodei minha mala do meu lado, em um assento individual, e cheguei tranquilamente na estação de metrô. O primeiro transporte sobre trilhos não foi tão amigável assim, por sua vez. Como era horário de pico, por volta de umas 18h, foi complicado me acomodar, junto de uma mala de rodinhas e uma mochila, dentro do vagão.

Mas até aí, nenhuma grave intercorrência. Alguns minutos depois cheguei na estação Brás, de onde já estava funcionando o serviço Connect, que liga a estação e o Aeroporto de Guarulhos, por meio da Linha Jade da CPTM, em um trajeto expresso. O trem só para nas estações Tatuapé e Engenheiro Goulart antes de propriamente chegar a Guarulhos, onde ele para na estação Cecap antes de chegar na Aeroporto Guarulhos.

Neste caso, você não precisa pagar nada a mais pela baldeação. O serviço já está incluso no valor da passagem de metrô ou de trem, o que é ótimo.

Uma pequena intercorrência

O que não foi ótimo foi ter que encarar o Brás, em horário de pico, com a minha mala de rodinhas e o medo de perder o Connect. Se isso acontecesse, eu teria que pegar a Linha Safira, absurdamente lotada, até a Engenheiro Goulart, onde poderia enfim pegar a Linha Jade.

Para completar o estresse e a adrenalina, uma mulher resolveu me puxar pelos cabelos e agarrar meu pescoço porque, segundo ela, eu passei com a minha mala no pé dela. Isso nos corredores do Brás. Às 18h de uma véspera de feriado.

Eu confesso que tive altos impulsos agressivos. Que me fariam jogar a mala inteira e seus 10kg na cabeça daquela mulher. Mas respirei fundo. Muitas vezes. E percebi que piorar a situação não me ajudaria em nada. Terminar o dia em uma delegacia só me faria perder meu voo. E meu tempo no Uruguai já seria bem limitado.

Escolhas e um trem até a estação Guarulhos – Aeroporto

Ainda transtornada com a agressão, tentei me recompor e corri até a plataforma de embarque do trem do Connect. Entrei cerca de um minuto antes das portas fecharem. E fui, em pé, até o meu destino.

O trem é como qualquer outro da CPTM. Diria que igual aos das linhas Diamante e Esmeralda. Como ele estava vazio, viajar com uma mala e uma mochila, mesmo que sem conseguir sentar, foi tranquilo. O que também ajuda é o fato de ele não parar de muitas estações, apenas em quatro.

Assim, dentro de 30 minutos cheguei na estação Guarulhos – Aeroporto e, antes de pensar no check in e no embarque, fui até a SSO e reportei o ocorrido. Saliento aqui que fui muito bem amparada, obtive um kit de primeiros socorros para limpar a ferida no meu pescoço e consegui fazer uma denúncia.

Eu sabia que, provavelmente, a denúncia não daria em nada. Mas fiz mesmo assim. Tive fotos minhas e dos meus machucados tiradas. E ela está registrada. O que é importante para que as autoridades consigam mapear esse tipo de situação, que são completamente inconcebíveis dentro de um espaço como uma estação de trem. Mas nós sabemos que coisas muito piores também acontecem.

Ônibus entre os terminais de Guarulhos

Depois de parcialmente resolver toda essa confusão, fui para a última etapa da minha peregrinação. Lembrando que, depois de trabalhar o dia todo (e pegar um trem, dois metrôs e um ônibus para chegar em casa), já havia pegado mais um ônibus, metrô e trem. Para, enfim, pegar o ônibus que faz o trajeto entre os terminais de Guarulhos.

Se você for viajar pelo Terminal 1 (voos nacionais, exclusivamente da Azul), não precisa pegar o ônibus. Dá para ir andando desde a estação. Se o seu voo for pelo Terminal 2 (nacionais e internacionais) ou pelo Terminal 3 (internacionais), você vai ter que usar o serviço.

Por isso, saiba que os ônibus saem com um pequeno espaço de tempo entre um e outro, e a viagem é bem rápida. Desci no Terminal 2, para a minha tristeza, já que meu voo de São Paulo a Montevidéu com a LATAM sairia por lá mesmo. Meu amor pelo Terminal 3 ficaria para o mês de Julho.

Check in e embarque no Terminal 2

Já conhecemos bem o Terminal 2. Ele é grande, escuro e bem movimentado. Por isso, já com o check in online feito, não me demorei muito na área pré-embarque. Encontrei os tótens da LATAM, imprimi meu bilhete de embarque e me dirigi à área da segurança.

Se o embarque doméstico estava conturbado, o internacional estava bem tranquilo. Passei rapidamente pela segurança (lembrando que, com os passaportes com chip, maiores de 18 podem passar pelo controle de documentos só pela máquina de reconhecimento) e caí no embarque.

Ali descobri, para minha enorme tristeza, que meu embarque seria remoto. E que os portões de voos para o sul da América da Latina estava devidamente lotados.

Encontrei um banco e fiquei ali, enquanto aguardava a chamada para o voo 8030 e abstraia o barulho absurdo que fazia naquela sala.

Quando as telas começaram a mostrar que o embarque estava próximo, não demorei para entrar na fila. Afinal, estava apenas com uma mala de mão e não queria, de modo algum, correr o risco de tê-la despachada por falta de espaço no bin.

Depois de uma longa espera, maior do que o habitual, consegui entrar em um dos ônibus para chegar até a aeronave. Um A321 com a nova pintura da LATAM.

De São Paulo a Montevidéu com a LATAM

A entrada foi fácil e logo eu já estava no meu assento, sempre na janela, e com um espaço OK para as pernas. Lembrando que tenho 1,65m de altura.

Infelizmente não havia descanso para a cabeça nas poltronas, mas tinha tomada entre os assentos, o que nem sempre está disponível.

Às 23h o avião decolou, lotado, para um voo de duas horas de São Paulo a Montevidéu com a LATAM. No geral, foi uma viagem tranquila. Sem muita turbulência. Com a possibilidade de ver um pouco da paisagem, mesmo na escuridão. E com um pequeno serviço de bordo.

Foi servido um lanche com opções de bebidas, e eu optei pelo suco de laranja, como sempre.

Não há muito mais o que comentar sobre um voo tão curto. A equipe da LATAM foi super simpática e atenciosa, não tivemos problemas e o pouso, no Aeroporto Internacional de Carrasco, foi bem tranquilo. Dessa vez, o desembarque foi pelo finger.

Chegada no Uruguai

O aeroporto é bem pequeno. Por isso, foi super tranquilo passar pela imigração. A fila não demorou e tudo o que o agente me perguntou foi o nome do hotel onde eu ficaria. Depois disso, fui até o guichê de táxis para receber as orientações do meu transfer.

Pela internet eu havia reservado uma van compartilhada para me levar até o meu hotel, o Ermitage, que fica em Punta Trouville. entre Punta Carretas e Pocitos.

Como eu cheguei bem tarde, depois da meia noite, e estava sozinha, preferi essa opção. Além dela, é possível pegar ônibus, vans particulares ou táxis e carros de aplicativos. Por 13 dólares fui em uma van bem confortável até o meu hotel que, por sorte, foi o primeiro destino do motorista.

Comentários gerais

Viajar de São Paulo a Montevidéu com a LATAM foi uma experiência OK. A gente sempre espera um serviço mais premium quando faz uma viagem internacional, mas precisamos dar uma segurada na expectativa. Principalmente quando estamos em uma companhia como a LATAM, que se diz low cost. 

Até porque eu realmente não tive problemas ou situações desconfortáveis durante todo o processo. Apenas o mínimo esperado e um voo tranquilo. Pelo menor preço de passagem para a época, não tenho do que reclamar.

Links úteis

CPTM
Aeroporto de Guarulhos
LATAM
Aeroporto de Montevideo
Transfer oficial do aeroporto de Montevideo
Ermitage Hotel