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Como é viajar de executiva entre Frankfurt e Madrid com a LATAM

Eu nunca liguei muito para as classes dos aviões ou viajar de executiva. Chegando ao meu destino, eu viajo até no bagageiro. Nunca pesquisei preços de executivas e primeiras classes. Sempre soube que seriam demais para o meu bolso. A econômica também costuma ser, inclusive.

Mas tudo mudou no final de junho. No começo do mês eu usei milhas para resgatar uma viagem para Madrid, com conexão em Frankfurt. E viajaria de econômica nos dois trechos. Até eu descobrir o sistema de upgrades da LATAM.

Como conseguir upgrades baratos com a LATAM

A companhia possui um sistema de “lances”. Eles te dão um mínimo e máximo de lances que você pode dar para tentar um upgrade. Você oferece o quanto pode pagar e espera. Cerca de 12 horas antes da viagem, eles te avisam se você conseguiu ou não o upgrade.

Se você conseguir, o valor é deduzido do seu cartão de crédito cadastrado. Se não der certo, nada acontece. E eu fiquei tentada a dar um lance para o segundo voo, tendo em vista que o valor mínimo para o trecho Frankfurt > Madrid era de apenas R$ 180. Ofereci R$ 200.

Quando na minha vida eu imaginei que conseguiria uma executiva por R$ 200?

Ignorei a possibilidade de viajar de São Paulo para Frankfurt de executiva (o valor mínimo era R$ 1.500). E torci para o resto dar certo. Sem muitas esperanças, confesso. Mas com uma ponta de otimismo.

Descobrindo o upgrade para viajar de executiva

Como eu embarquei em Guarulhos mais de 12 horas antes do horário do voo de Frankfurt para Madrid, precisei esperar até chegar na Alemanha para descobrir se tudo tinha dado certo.

Assim que desci do avião, me conectei com o WiFi e recebi uma mensagem da minha mãe. O upgrade tinha sido aceito. E eu nem conseguia acreditar.

 

O e-mail que eu recebi confirmando o upgrade para a executiva

Pré-embarque e embarque

Como já contei, resolvi tomar um banho no Aeroporto de Frankfurt. Eu sabia que talvez haveria chuveiros na sala vip da LATAM ali, a qual eu poderia acessar de graça agora. Mas não quis arriscar. O WiFi não funcionava muito bem e naquele momento eu tinha menos de três horas.

Paguei pelo meu banho. E depois não estava com vontade de correr o aeroporto atrás da sala vip.

Eu tinha outra preocupação: conseguir meu novo cartão de embarque.

Consegui pelo aplicativo da LATAM, mas como a internet estava falhando, em determinado momento a página parou de atualizar. Nesse momento faltava uma hora para o embarque começar. Então fui atrás do meu portão e pedi um cartão para o funcionário da companhia.

 

Ele me entregou o papel bonitinho — que eu não tenho mais por circunstâncias parisienses — e eu parei para observar a situação do portão.

 

Havia pessoas em todos os lugares. Nem um mísero lugar para sentar. E como eu poderia embarcar antes de todo mundo por viajar de executiva, aproveitei minhas vantagens. Fui para a fila prioritária e ali esperei por cerca de vinte minutos.

Portão B48 do Aeroporto de Frankfurt, onde o embarque foi feito

Cinco pessoas estavam na minha frente. E todas elas eram homens mais velhos de terno e gravata. Viajavam a trabalho. E era engraçado ser a única de jeans e tênis na fila.

Por fim, embarquei. O processo foi simples e eu só estava preocupada com uma coisa: esticar minhas pernas e continuar assistindo os episódios de Big Little Lies.

A experiência de viajar de executiva

Eu entendo que a experiência de uma viagem de executiva é melhor sentida em voos longos. Mas eu gostei muito do que vivi em um voo de duas horas, considerado doméstico entre países da União Europeia.

Consegui o assento 2L, na janela — meus favoritos, sempre — bem na primeira fileira do avião. Pelo que já vi de executivas em outros aviões, esta era bem mais simples. E o que mais me chamou a atenção foi a pouca divisão entre os assentos, tendo em vista a configuração 2-2-2.

As fotos não estão boas porque o voo estava lotado e não quis atrapalhar os outros

Mas o assento era muito confortável. Reclinava completamente e tinha tanto espaço para eu me mexer, que queria morar ali.

Na lateral havia uma tomada e entrada USB, espaço para copos e o controle para a tela. A mesa precisava ser retirada do descanso de braço.

Esticar as pernas é a melhor coisa em um voo para quem tem problemas nos joelhos e problemas de circulação, tendo que usar meias de compressão

Percebendo que o voo ia sair atrasado, eu liguei o entretenimento de bordo. Encontrei as mesmas opções que o voo anterior e logo voltei a assistir Big Little Lies.

Uns dez minutos depois a tripulação passou distribuindo água ou champanhe com castanhas. E ali ficou notável o treinamento para um atendimento muito mais personalizado aos passageiros que viajaram de executiva.

Depois de mais atrasos patrocinados pela segurança do aeroporto, que aparentemente precisava confirmar informações com três passageiros do voo, o avião decolou. E foi uma decolagem estranha, provavelmente porque eu estava muito na frente da aeronave.

Mas parecia que o avião não tinha velocidade o suficiente e poderia cair a qualquer momento.

O que não aconteceu. E logo que ele estabilizou, a tripulação começou a se mobilizar para servir a refeição.

Jantar

Para a única refeição do voo foi servido um prato frio com salada, sashimis de salmão, muçarela de búfala e patê. Junto de fatias de frutas.

Não como salada, então fiquei com o salmão — que estava muito bom — e a muçarela, que não recusaria nunca no mundo.

Restante do voo

Depois do jantar, tudo foi muito rápido. Por isso detesto voo muito curtos. Logo já estávamos sobrevoando o território espanhol.

A parte boa foi não perceber o tempo passar por estar em um ótimo assento. Confortável. Podendo esticar minhas pernas. Isso não tem preço. Ou tem. Precisamente R$ 200.

No geral, eu adorei a experiência de viajar de executiva. Talvez por ter sido a primeira vez. Ou porque eu só estava muito cansada. Mas achei que valeu a pena.

Usaria novamente esse sistema da LATAM, dependendo dos valores mínimos e dos destinos.

Para viagens curtas, por exemplo, acredito que provavelmente usaria a econômica mesmo. Mas quem sabe? É bom ser mimada e poder esticar as pernas de vez em quando.

Desembarque e Aeroporto de Barajas-Madrid

O pouso aconteceu em meio ao por do sol madrileno e ali eu me apaixonei pela cidade.

Sair do avião foi rápido e simples e logo eu comecei a correr pelo aeroporto. Digo correr. Mesmo. Só parei para me conectar ao WiFi e avisar para minha família que havia chegado.

Tudo depois foi uma corrida. Já era quase 23h e eu não queria me aventurar pelo metrô e ruas de Madrid depois da meia noite.

Como o avião pousou no Terminal 4S, tive que pegar um trem até o Terminal 4 e correr até a estação de metrô Aeropuerto T4, da linha 8.

Para comprar a passagem, é preciso indicar em que estação você vai descer. No meu caso, era a Tribunal, e isso me custou um total de 7.50 euros.

O embarque foi tranquilo e eu segui o itinerário que eu já tinha em mente: linha 8 até a estação Nuevos Ministerios, baldeação para a linha 10, sentido Puerta del Sur, e desembarque na Tribunal.

Tudo correu bem. Tirando um homem claramente embriagado no metrô até a baldeação. Mas as transferências foram OKs. Longas e com alguns labirintos que me lembraram as estações de Paris. Nada complicado demais, contudo.

Cheguei na estação depois da meia noite e logo encontrei meu hostel, o Bastardo, que é o tema do meu próximo post.

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