Quem Viaja
Oi! Meu nome é Camille e saiba que é um prazer imenso ter você por aqui.
Eu tenho 25 anos, sou jornalista, trabalho com comunicação corporativa e, nas horas vagas, eu viajo. Ou me dedico ao Camille Pelo Mundo! Criei esse blog em 2015, depois de uma viagem para Campos do Jordão, porque precisava de um hobby. Estava no meio do meu ano de cursinho, e continuar na rotina maluca de só estudar ia me matar até o próximo vestibular.
Então eu me aventurei – de novo – pelo mundo dos blogs. Isso porque já tive uma quantidade absurda de registros no Blogger. Blog de poemas, blog de esmaltes, blog de intercâmbio, blog de livros, blog de maquiagem, muitos blogs. Escrever faz parte de mim desde que eu entendi como palavras são formadas. E por mais que eu tenha tentado ao longo dos anos, ficar longe das letras não é uma possibilidade. Inclusive, já falei que sou jornalista?
Escrever por aqui passou a fazer parte das minhas viagens. Eu gosto de registrar memórias, contar experiências, dar dicas e ajudar futuros viajantes. E também adoro a ideia de ter meu próprio veículo jornalístico. Bem menos imparcial do que ele deveria ser, eu confesso. Mas não tenho planos de mudar, porque essa miscelânea de diário de bordo e revista de viagem é o que faz desse espaço tão especial pra mim!
Bom, falta falar das minhas viagens em si, né? Eu sempre amei viajar. E principalmente, sempre amei a ideia de viajar. Isso porque minha família nunca foi muito de fazer viagens. Meu pai, inclusive, tem pavor de avião e nunca chegou perto de entrar em um. Nesse contexto, o que me restava? Ficar viciada em mapas. Decorar as capitais do mundo todo. Sentar no jardim para acompanhar a rota dos aviões e criar histórias para os destinos deles. Planejar minha vida adulta nos quatro cantos do mundo. E aproveitar as mini viagens que meus pais se propunham a fazer.
O que, basicamente, inclui ir para Itapeva, onde meus avós tinham um sítio, para a Praia Grande, onde eles ainda têm uma casa, e para esporádicos hotéis fazenda no interior e no litoral. A lista de cidades? Pequena. De estados? Nada além de São Paulo e Minas Gerais. Mas aos poucos eu comecei a mudar essa realidade.
Em 2010, convenci os dois a ir para Águas de São Pedro com um roteiro mais turístico. Em 2011, fui para Angra dos Reis numa viagem de formatura. 2012 foi o ano em que eu finalmente conheci Paraty. E em 2013, entrei num avião pela primeira vez e viajei para fora do país pela primeira vez. Passei um mês em Paris fazendo intercâmbio. E só de lembrar dessa época meus olhos já querem chorar.
Existe uma Camille pré e pós intercâmbio em Paris. E a Camille que voltou para o Brasil no fim de julho de 2013 é uma pessoa que eu amo muito. Foi ali que eu mudei radicalmente minhas visões de mundo, me abri para o novo, vivenciei o quão enorme é a Terra e confirmei uma suspeita que pairava na minha cabeça há anos: eu nasci para viajar. Aeroportos e aviões me fazem bem. Não entender o que é dito nas ruas traz uma engraçada sensação de casa. E estar sempre em busca de promoções de passagens já se tornou parte de mim.
Desde 2013, viajei mais algumas vezes – mas não muitas! Minha família ainda não prioriza viagens e eu não sou rica, na verdade, só comecei a trabalhar em 2017, e foi ali que de fato comecei a juntar dinheiro para viajar. Antes, coloquei minha mãe e minha irmã em um avião pela primeira vez, rumo a Buenos Aires, fui para a Bahia, conheci o Rio Grande do Sul, fiz um cruzeiro, fui para Campos do Jordão e Ilha Comprida e finalmente conheci o Rio de Janeiro e a Região dos Lagos.
Em 2018, peguei o dinheiro de um ano de salário de estágio e voltei pra Europa. Fiquei 15 dias entre a Espanha e a França, e realizei mais alguns sonhos. Conheci Salamanca, a cidade que habitava meu imaginário há mais de uma década. Passei um dia em Segóvia e chorei com o aqueduto. E voltei para Paris, que sem exageros, é minha segunda casa.
Ainda em 2018 fiz uma viagem rapidinha para Santa Catarina e conheci Joinville e São Francisco do Sul. Mas foi em 2019 que eu consegui viajar mais. Com um estágio novo e um salário um pouco maior, fui para Montevidéu, depois para o Chile, onde realizei tantos sonhos que já nem consigo mais listá-los, e também para Ouro Preto e Monte Verde.
Até 2019 eu ainda fazia faculdade, então era com muito esforço que eu conseguia viajar. Contudo, as coisas mudaram quando eu descobri que seria efetivada em 2020. Eu finalmente teria dinheiro o suficiente para viajar o tanto que eu queria! Fiz muitos planos, roteiros e pré-reservas. Em fevereiro, fui para o Espírito Santo. Mas as viagens meio que pararam por aí.
O coronavírus chegou. E eu nem consigo descrever a minha frustração. Todos os planos foram – e ainda estão – pausados. Fiz duas viagens de isolamento, mas elas estão longe de ser o que eu gosto de fazer quando viajo. Mas nem tudo foi ruim.
Em 2020, finalmente consegui me dedicar mais ao blog e os outros canais onde estou com a marca Camille Pelo Mundo. E tem sido fantástico mergulhar ainda mais nas viagens, por mais que os aeroportos não me vejam há quase um ano.
Essa imersão me fez perceber que quero falar mais de três assuntos por aqui: planejamento de viagem, viajar sozinha e turismo consciente. São os temas que eu mais amo. Três coisinhas que fazem meu coração bater mais forte. E eu acho que ainda posso ajudar muita gente – e conscientizar muita gente – falando cada vez mais deles.
Topam embarcar comigo nessa?